IOF: O que é e qual o impacto em viagens corporativas
Assim como tudo que compramos, as compras relacionadas a viagens também possuem impostos que precisam ser considerados na hora de fazer o orçamento das viagens corporativas da sua empresa. Um deles é o IOF, que significa Imposto sobre Operações Financeiras. Se você faz a gestão de viagens, especialmente internacionais, é importante saber mais sobre esse imposto.
O IOF foi criado em 1988 e até hoje deixa muitas dúvidas entre gestores de viagens. Algumas das operações que possuem esse imposto são as de crédito, seguros e câmbios.
“O IOF foi criado com a intenção de controlar o mercado financeiro, em um momento em que era muito comum fazer aplicações e sacá-las poucas horas ou poucos dias depois”, explica o auditor fiscal César Roxo, vice-presidente de Assuntos Tributários da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil)
Esse imposto incide sobre compras internacionais com cartões, câmbios, empréstimos, financiamentos, rotativo do cartão de crédito, cheque especial, entre outros.
Quais são as principais taxas do IOF?
Compras internacionais com cartão
Muitas viagens corporativas são feitas para destinos internacionais, e o IOF deve ser considerado no orçamento. Em usos de cartão internacional de crédito ou pré-pagos internacionais, o IOF incide em 6,38% do valor. Essa taxa permanece em compras feitas no Brasil em sites de outros países.
Câmbio
A compra ou venda de moedas estrangeiras, muito realizada em empresas que fazem viagens corporativas internacionais com frequência, está sujeita à cobrança de 1,1% de IOF.
Rotativo do cartão de crédito
O crédito rotativo é um crédito oferecido ao consumidor que não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. Ou seja, paga só uma parcela mínima.
Nesse caso, além do IOF, ainda deve se pagar os juros do cartão. Há a alíquota fixa de 0,38% sobre o valor atrasado e um acréscimo de 0,0082% por dia de atraso.
Como o IOF impacta nas viagens corporativas?
Uma das maiores taxas de IOF é exatamente no uso de cartões de crédito fora do país. Em viagens corporativas internacionais é difícil evitar esse uso. Portanto, o gestor de viagens precisa considerar a taxa na hora de fazer o orçamento da viagem.
Se preferir, é possível economizar dando ao seu colaborador dinheiro vivo invés do cartão de crédito internacional, pois o IOF é de apenas 1,1% de imposto sobre o valor em reais. Porém, é necessário verificar se essa opção vale a pena: além de ser perigoso em alguns destinos, utilizar o cartão de crédito te dá pontos que podem ser trocados por milhas.